Num sofá de veludo gasto e que cheirava vinho azedo, sonhos novos, pêssego e decepção.
Seu suor adocicado é podridão com Nina Ricci, luxuria que escorre em taças de sex on the bitch. Sua dança conquista o mundo, ego inflado igual queloide, Lampejo de vidas breves igual foto polaroid
Minha arma tem 58mm, meu escudo é de madeira, minha coragem deixa cicatrizes pelo corpo, ralado das derrotas sigo transitando entre bordas e transições. Meu cenário respira difícil, reluta ter cor entre predominâncias cinzentas, o asfalto não facilita, mas a insistência esta na alma.
Faço meu discurso entre luzes e lentes, para assegurar meu exército, não entre barricadas, mas aqui, no coração
Aquela primeira luz do dia, faz sempre a fotografia ascender, sempre suaviza as arestas, cria quase uma áurea delicada.
Mas nem sempre essa luz é o foco, e na escuridão ela se perde, e nesse espaço entre a luz e a escuridão que o quase surge. Uma transição sem rumo, transitando da noite pro dia ou do dia pra noite.
O quase deixa o todo vir à tona, e mostra suas curvas bem marcadas, convidando à segui-las.
As linhas que limitam o corpo demarcam um não limite.
Certa vez na Índia me disseram que flores são o mundo sorrindo.
Algum tempo atrás me encontrei em meio ao meu pior abismo criativo, nada me chamava, nada me fazia querer, nada saia em minhas poucas fotos. Fotografava com oespírito de atender expectativas alheias, e quase sempre conseguia atingi-las com um linear clichê consagrado, mas não conseguia fazer o MEU, pra MIM, ao meu PRAZER.
foram meses, senão anos, pra conseguir me encontrar com a camera frente à vontade, era quase um pesadelo sair com a camera à esmo, era uma tortura medieval atender pedidos de fotografias ao meu cotidiano particular. Sempre com medo de ser julgado pelo resultado, a própria camera me assustava, e são varias, que pareciam me encarar sempre ao dormir.
Me escondia atras da tag: “Sou o fotografo menos fotografo”.
Estudei conceitos, discursos, vi trabalhos, procurei referencias, sempre achando que ali encontraria resposta para minha auto-ausência fotográfica.
NADA
Comecei à enxergar o mundo em preto e branco, para tentar vê-lo diferente do que cotidianamente o via, mas nada.
Me prendi em técnicas, em resultados, queria a luz certa, o foco cravado, o resultado esperado, e nessas, me esqueci de ver o mundo como uma possibilidade,
pois uma vez na índia me disseram algo, que não entendi bem, até ver que o mundo sorri, em varias formas, e nesses sorrisos desconceituados eu poderia encontrar meu encontro.
(do Latim paenes, “quase”, e umbra, “sombra”)
é a região em que somente uma parte do corpo ocultante está obscurecendo a fonte de luz. Na terminologia legal, a penumbra é uma área cinzenta, onde uma parte da legislação não tem significado claramente definido.
O que qualifica uma fotografia como boa? Ou como ruim? Se formos pensar de forma comercial, a resposta é extremamente simples. Fotografia boa é aquela que VENDE.
Dias atrás me perguntaram “de onde vem a inspiração?”, dificil responder, mas a unica resposta imediata que me veio à mente foi “da vontade de te-la!”. Na hora me pareceu um pouco rasa essa resposta, mas depois de um tempo martelando ela na cabeça, acabei me aprofundando e vendo que era e melhor resposta pra mim. Vejo dezenas e dezenas de situações inspiradoras quase que diariamente, mas infelizmente sem vontade, a inspiração não acontece.
Bom, já que a vontade é o passo inicial, nada melhor que organizar essas vontades e criar roteiros inspiradores. Atualmente tenho pelo menos 4 séries em produção, e cada uma com sua inspiração particular, sendo elas “Vozes do silêncio”, “Glamourgatorium”, “Efêmera infância” e a ultima inspiração fotográfica, “Universos Inversos” ou apenas “Uninversos”, baseado em distorções da realidade paulistana usando cenários comuns ao dia-a-dia nosso, porém através de ângulos contrários ao comum.
Nesse domingo, acordar cedo, carregar a bolsa de equipamento e sair à esmo esperando encontrar cenários que caibam no pensamento, ou que apenas me faça sentar na calçada e dispenda 5 ou 6 minutos apreciando.
As vezes passo por certos lugares e imagino alguma fotografia ali, já puxo pro lado que mais gosto de fotografar e imagino alguma manobra de skate compondo a cena, pois atualmente o nivel que a fotografia de skate atingiu, é de se cair o queixo. Composições complexas, regras fotográficas, locais lindo, manobras cabreiras, etc.
Mas as vezes, a vontade é de fazer o simples, apenas olhar pra um lugar julgado não favoravel, e imaginar suas possibilidades. Assim foi um dia de fotografias no Colégio Conselheiro (Guarulhos), local proibido para o skate, mas em alguns momentos, dominado por ele.
Mario Hermani, um kickflip 360, um corredor, um flash remoto e uma fotografia legal, pelo menos pra mim.
A fotografia é conhecida pelos eternos clichês de: prender o momento na eternidade, congelar o instante mágico, etc.
Mas e o movimento? e se a intenção não é prender a fração do segundo, mas sim o segundo inteiro? Fotografar movimento não é facil, mesmo existindo varias técnicas bem conhecidas para tal, mas não existe garantia de que as mesmas irão funcionar, então conseguir dar movimento em algo imóvel, é muito gratificante!
Em mais um Sarau das Artes, onde trabalho como Arte-educador de Fotografia, um desses movimentos se fez.
Incrível, a cada dia que passo ao lado de alunos de fotografia onde trabalho, mais me surpreendo com a capacidade de improviso e busca de resultados.
Como já havia postado aqui, semestre passado, o resultado de um estudo sobre as fotografias de uma artista chamada Anka Zhuravleva, em que os alunos tentavam reproduzir algumas de suas obras, e o resultado foi surpreendente.
Esse semestre, o fotografo escolhido foi David Lachapelle, e suas incriveis fotografias, porém apenas aquelas sem apelo pornografico (marca de algumas de suas obras), e mais uma vez, sento e assisto o resultado, me levanto e aplaudo.
Arte, por si só, Arte.
Essa é minha visão sobre o assunto. Essas duas ultimas semanas, acabei participando de vários debates sobre o que é Arte! Sempre acabando em discordância obvia e intencional, pois pra mim, é aí que a arte surge, justamente no espaço entre o óbvio e a intencionalidade do não obvio.
Mas como sempre, cada conceito sobre tal, é um tal conceito. E a resposta nunca virá à tona, pois pra mim, ela nem deve vir.
Arte no meu contexto geral, é qualquer forma de expressão. Qualquer mesmo. Mas o grande problema, é que fomos condicionados à beleza da arte, onde o feio, não o é considerado. E como minha leitura é de que qualquer expressão é arte, então o feio é tão arte quanto o belo ou o insosso!
A fotografia abaixo é arte, no meu entendimento, pois é minha expressão sobre aquela visão. Mas pode não ser para quem a olha, e esse não é o contraponto da arte, e sim de onde ela se alimenta, no questionamento e na subversão de seu propósito ou mais profundamente e poéticamente falando, do seu NÃO propósito.
Foto: Renato Riani, Fotografias: Renato Riani, etc. Durante muito tempo, me esforcei pra ter meu nome em trabalhos, e ter contratos e contatos, durante muito tempo, achei que assim seria reconhecido como fotografo. Demorei pra perceber que a fotografia está acima de qualquer publicação, ou de qualquer crédito, a fotografia é arte, e por si só, vive de arte.
Felizmente, consigo viver de fotografia, sem precisar fotografar, é estranho isso, mas sou bem feliz assim, e quando pego o equipamento, vejo que é apenas pra diversão, ou pra tentar expressar arte, em sua forma pura, com apenas uma luz passando por um furinho, sem me preocupar com clientes ou contas.
Felizmente, finalmente, estou conseguindo colocar em prática alguns projetos estacionados, algumas ideias esquecidas. Finalmente olho pra alguns trabalhos e me vejo neles, vejo reflexos dos artistas que faço parcerias, vejo ARTE.
A fotografia abaixo nem é tão ligada ao tema, mas revirando algumas imagens de uns anos atras, encontrei esta, que foi em um dia de fotografias para um anuncio de uma marca de equipamentos e roupas de skate, e a imagem para o anuncio foi feita, e até gosto bastante, mas esta, foi apenas pra testar, pra ver o atleta se divertindo, fazendo sua arte.
Zona de conforto fotográfica! aquele lugarzinho facil, onde fazemos nossas fotos sabendo que todos gostarão, que todos nos acharão bons fotografos e bla bla bla. Essa zoninha esta cada vez mais presente na fotografia atual! Mas sair dela pra que? sabendo que corremos o risco de errar ou não apresentar boas fotos e nossa fama ir pelo ralo? Você sabe qual é sua zona de conforto?
A minha eu sei, e até que me dou bem com ela, mas as vezes sinto enorme necessidade de abandona-la e ir pro que gosto por gosto, correndo riscos e etc. Sempre que essa necessidade me bate à porta, acabo me pegando sentado frente à algum vaso de planta ou algum jardim primaverado. Flores, gosto pessoal, sem necessidade comercial, sem curtidas nos facebooks da vida, sem tapinhas nas costas pela sua qualidade fotografica, sem nada. Apenas Flores, em toda sua simplicidade e esplendor.
Esse tema me faz lembrar de meu começo na fotografia, onde em um passeio pelo jardim botânico de SP, fiz algumas fotografias que pela primeira vez, sentei e as admirei, onde pela primeira vez, vi que tinham ficado boas de fato, não para os outros, mas pra mim, pela primeira vez consegui preencher “minha” necessidade fotografica, e assim tem sido até hoje! Flores!
Falta de apoio, espaço e infra-estrutura, essa sempre foi a desculpa dada por todos que “vivem” skateboard no Brasil. Concordo plenamente, mas sendo homem, nunca pude reclamar de nada disso, comparado ao que falta para o skate feminino. Mesmo que hoje, já exista um certo apoio pro esporte, mas nada comparado ao masculino (mesmo também sendo pouco comparado à outros esportes). Sempre repito, skate no Brasil, é uma vergonha. Segundo o ministério dos esportes, skate é o segundo mais praticado no Brasil, só perdendo para o futebol. Temos dezenas de ótimos atletas espalhados pelo mundo, ganhamos continuamente campeonatos mundias ou etapas das mais importantes, e mesmo assim, não existe apoio SÉRIO para isto. Temos que aceitar que até Curling é um esporte olimpico, reconhecido, mas o skate não.
Bom, vou parar de choramingar! Minha parte no esporte hoje em dia, é apenas fotografando, e como tenho me esforçado nos ultimos tempos, fotografando atletas mulheres do esporte.
Henri Cartier-Bresson, grande e por que não, maior mestre da fotografia de todos os tempos, responsavel por algumas das fotografias mais lindas que ja vimos na vida. Também autor de algumas das frases mais memoraveis pra mim, como por exemplo: “O mais importante é o olhar, mas ninguém olha”.
Porém, como todo grande mestre, algumas “groselhadas” acabam rolando, e dentre suas frases célebres, uma delas eu descordo completamente, e é a seguinte frase, “nossas 10 mil primeiras fotos, serão as piores”.
Bom, opnião é opnião, mas eu descordo de verdade, pois revendo meu portifólio, ainda gosto mais de muitas fotografias do ano em que comecei, do que de algumas de agora, e acho até que sei o porque. Pois eram de uma época onde não obedecia regras, padrões, convenções e etc, fotografava apenas pelo instinto, e nele me imaginava. Hoje, preso em conceitos, muitas vezes, fotografo pelo automatico do conhecimento, esquecendo da plasticidade do erro. Com isso, posso dizer, que minhas ULTIMAS 10 mil fotos, estão sendo as piores.
Pra ilustrar, uma fotografia de 2007 no viaduto santa efigenia, ainda com aquela beleza inocente, sem me prender em qualidade, mas que ainda considero muito melhor do que a grande maioria das que faço atualmente.
As vezes acho que sou repetitivo demais, mas as vezes acho que sou repetitivo apenas.
Minha paixão por linhas, já tanto falada aqui, mais uma vez vem ser demonstrada.
Bom, inicialmente já quero criar discórdia, pois sou um dos que NÃO gostam das obras de Oscar Niemeyer, e podem falar o que quiserem, não gosto e ponto. Tanto dele como arquiteto, quanto (e principalmente) pessoa. Desde de seus ideais quase nazistas, até sua posição segregadora, mas isto não vem ao caso.
Pois bem, apesar de não gostar de sua obras, admito que são belas formas pra se fotografar, então em um dos meus dias de trabalho pelo Ibirapuera, uma fotografia acaba vindo pro acervo.
Auditório do Ibirapuera, indo contra todos os conceitos de auditório padrão (palco-italiano).
Dia Nacional do Fotografo, comemorar o que?
A banalidade que se tornou? a falta de criatividade artistica? a mesmice fotografica? o pseudo-glamour desejado por quem apenas compra uma maquina de fazer fotografias?
Não, isso não, a fotografia NÃO é nem nunca será isso, ela é por si só, a arte de despertar o instante.
E a fotografia é isso, ela desperta, ela apaixona, ela choca, ela agride, ela relata, ela denuncia, ela embeleza, ela distorce, ela mostra, seja a realidade inerente, ou a realidade conduzida por quem a cria.
A fotografia esta muito acima do pensamento fotografico que tenho visto nos ultimos anos, e por estar tão acima, se mantém intocada, soberana, apesar de quem apenas a reproduz no contexto, achar que a alcançará, mas não, poucos a tocaram, poucos a entenderam, e poucos a reproduziram de forma tão pura, que sempre serão mestres de uma arte desejada.
Cartier-Bresson, na sua busca de alinhar cabeça, olho e coração, nos mostrou o que é ter vida em um pedaço de papel inanimado, fotografia é poesia em formas, e toda forma merece um poema, bem declamado.
Então vamos celebrar SIM, feliz dia do fotografo, feliz dia daquele que olha pra imagem e sorri, pois enxerga nela, o que muitos não enxergarão, isento de clichês e formalidades. Feliz dia daquele que busca, arma sua maquina de fotografar e espera, pois o momento certo poucos acertarão, e quem acerta, é geralmente aquele que admira ao seu redor, que enxerga muito além do nada, pois sabe que dele, o momento surgirá.
Parabens à todos que merecem.
Quanto mais olho para meus aprendizes de fotografia, mais me enxergo neles e mais sinto orgulho de conseguir transmitir tudo aquilo que apanhei e sofri pra aprender, pois como todos meus amigos sabem, sou auto-didata.
Semana retrasada estava completamente atordoado pela apresentação final deles, pois dentro das Fabricas de Cultura, a apresentação final é de suma importância na manutenção dos ateliês dentro do projeto, e dentro desse nervosismo, me senti de forma tão feliz ao ver o resultado, dentre fotografias de estudio, lightpaints, pinholes e fotografias em miniatura, impossivel não sorrir ao ver o que fizeram. Para quem quiser conhecer este trabalho final, tudo esta exposto no link Studio 1826.
Porém, o curso não acabou após a apresentação final, e conseguir mante-los dentro da sala de aula com o ritmo de férias batendo à porta era algo quase impossivel, mas com a temática de escolherem fotografias intrigantes, e depois de discutir como foram feitas, tentar reproduzi-las com o material disponivel. Assim, escolheram uma série de fotografias de Anka Zhuravleva entitulada “Distorted Gravity”, e assim foi, com muita criatividade e mão na camera, apresento a primeira reprodução desta série.
Viver de fotografia não é fácil, e muitas vezes pensei em desistir, assim como a maioria dos fotografos que conheço. Não vou entrar em méritos de razões, pois poderia passar horas dando motivos. Mas uma vez ouvi de um grande mestre a seguinte frase: “Encontre um “Porque fotografia?”, em você, e pronto, não terá mais razão nenhuma pra desistir.”
Como todo conselho, na hora não fez muito sentido, já que eu sempre soube do meu “PQ” de escolher a fotografia, mas depois de um tempo, fui percebendo que essa razão foi sendo mudada de forma radical, e hoje posso dizer com certeza onde me encontro bem na fotografia, e é dentro de uma sala de aula.
Não necessariamente ensinando fotografia apenas como arte ou técnica, mas ensinando como enxergar o mundo de forma diferente, se encontrando nele de forma única, e pra isso tenho que agradecer o Governo do Estado de SP que promove a oportunidade de oferecer um curso de fotografia na periferia, justamente onde a grande maioria dos “fotografos” não acreditam que possa surgir artistas da imagem.
Cada dia que dou uma aula, me sinto mais parte da fotografia, mais parte da arte, mais integrante na propagação do “olhar romantico” sobre as coisas, e assim, a cada dia, me encontro mais feliz comigo mesmo.
Bom, pra ilustrar este post, dua imagens produzidas por duas turmas de fotografia, que terão suas exposição acontecendo neste sabado, na Fabrica de Cultura – Vila Curuçá, e a presença de todos será muito bem vinda.
Porque P&B? Não ouço muito essa pergunta, mas me faço muito ela! E sempre procuro achar uma resposta melhor pra explicar minha paixão por P&B. Atualmente, tento me convencer de ser pelo simples fato, de enxergarmos colorido, e fotografias coloridas não mudam nosso ponto de vista sobre o mesmo assunto. Já P&B conseguem nos mostrar contrastes e nuances que não enxergamos, que o colorido nos engana, já os tons de cinza praticamente nos jogam na cara essas diferenças.
Sou daqueles chatos que defendem fervorosamente que a fotografia deve ser revelada, e enquanto não passar para o papel, é apenas uma imagem, e não uma fotografia. Pra mim, fotografia é algo físico, tangível, palpável, etc. E nesse mesmo lado saudosista e purista da fotografia, defendo o P&B como sendo uma das formas puras de fotografia.
Bom, apenas para ilustrar, retrato em P&B de um artista de rua da praça da Sé, em 2007. P&B em todos os seus tons.
Arquitetura, paisagismo, urbanismo, etc etc etc. Sempre me encantaram, quase que paralelamente à fotografia. Linhas que se cruzam, se juntam, se formam, não aleatoriamente, pois possuem um propósito, mais estrutural do que estético, mas claro, que pensando em agradar aos olhos.
Fotografar essas linhas muito me agradam, porém meus vicios acabam se perdendo entre compromissos e obrigações. Mas nada como pegar uma boa tarde de terça, ler um livro pra distrair, e se perder nas formas e molduras que essas linhas formam. São Paulo é inacreditavelmente apaixonante, porém, apenas para quem se abre à esse encanto, e se dá ao direito de fazer parte de seus contornos.
(clique na imagem para melhor visualização)
De ciclos em ciclos, precisamos refletir sobre nosso lugar no mundo, sobre nosso “legado”, sobre que influencia ou marca deixamos nos que ficarão.
Reciclar, bem isso! Entrei nesta fase há alguns dias. Me enxergo como um fotografo, mesmo assumindo que minha paixão pela arte se perdeu em algum ponto do passado, mas ainda me reconheço como um.
Mas com o tempo, descobri que ser parte integrante desta arte, não é apenas clicando, criando imagens, “eternizando momentos”, por mais clichê e banalizado que estes termos se tornaram atualmente.
Já se vai um bom tempo que não fotografo profissionalmente, uma pela falta de tempo e outra pela temporada não ser das melhores pra area que atuo, mas não me sinto fora, atualmente como professor de fotografia em um projeto do Governo do Estado de SP (Fábricas de Cultura), me vejo muito melhor nas imagens produzidas por quem esta ali comigo se apaixonando pela arte, do que nas minhas próprias imagens. Mas mesmo assim, penso e repenso minha posição a cada dia. Me vejo, e vejo meu reflexo, qual sou? Somos o que somos, ou o que produzimos, o que deixamos como imagem do que de fato somos? As vezes as duas coisas são tão parecidas, que enganam, mas não posso me iludir, 1 é ser Real, e outro é ser apenas a sombra desta realidade.
(Quem nos persegue, 2007 – Não me lembro onde fotografei este momento, mas me lembro bem o que representou pra mim)
Fotografar, desde que seja o que goste! Isso sim me orgulha de ser dessa profissão. Claro que as vezes temos que abrir mão do que gostamos, pra fazer o que nos pagam. Mas o que gosto? a imagem abaixo fala por si!
Esporte, mais diretamente, skateboard. Isso vem de minha historia, cresci com a tabua embaixo dos pés, adrenalina pra mim não é pegar um carro e dar 210 na marginal, mas sim pegar um gap e voltar de flip. (mas como a foto ao lado mostra e meu amigo Bruno Arruda comprova, nem sempre da certo)
Infelizmente tive problemas no joelho que me impedem de tentar o que mais gostava, mas as vezes a alma grita mais alto que a razão, e nas sessões de skate, acaba sobrando uma ou outra manobra.
Como sempre, minha parceria com Bruno Arruda rende bons moments, mas desta vez invertemos, eu com a tabua e ele com a camera.
Mas é claro que vou utilizar a mesma desculpa de sempre pra minha demora em atualizar este blog! “Falta de tempo”
Porém acho que desta vez, estou mais que correto, pois o acumulo de projetos empoeirados nas gavetas, e o overflow de processos nunca foi tão grande como nestes meus ultimos meses. Claro que me dou o direito de separar alguns minutos pra postar algo por aqui, porém, minha regra básica para posts é: “Posto somente algo que gostei de fazer”.
E é ai que se esconde o abandono deste blog, pois dos ultimos varios trabalhos que fiz, apenas um me agradou e achei que merecia um post, nem que pequeno, pois o trabalho é muito maior que apenas uma foto.
Bom, este ainda não é o resultado final do trabalho, pois ainda preciso alinhar com a imagem de contra-capa, interior do encarte, fotos de divulgação e etc. Mas ja acho que vale o post. E pra quem sabe meu pavor de alturas, nem eu acreditei que consegui.
Bom, pedir desculpas pela ausência, não adiantaria muito, mas posso dizer que o acumulo de trabalhos e responsabilidades são os principais fatores.
Não posso e nem devo reclamar, mas faz tempo que não consigo fotografar apenas por diversão, ou que faça um trabalho que ache legal postar como portifólio, então recorro ao meu passado para atualizar isto que tanto me alegra.
Killer Clothes, um trabalho para a turma de Moda do Senac, em parceria com Alexandre Perroca, que supervisionou e deu dicas para a produção do material. O próprio nome já diz qual a temática do trabalho, apenas roupas que matam, seja por gula, por descuido ou por outras razões pertinentes.
Creio e espero, que este mês, consiga produzir alguma material por conta, por diversão e por gosto. Ideias não faltam na caixa criativa, mas o tempo e duvida entre elas atrazam um pouco o processo.
Um ano um tanto quanto controvérso para mim. Mas não posso deixar de eleger qual o trabalho que mais gostei de fazer este ano.
E por todas dificuldades apresentadas durante o processo, bem como, indefinição de locação, correria, prazo apertado, total desconhecimento da equipe que faria parte, etc.
Minha escolha ficou com Pra Parede, ensaio pra revista Outro Estilo.
Com assistencia de meu grande amigo Thiago Pompom, fiquei mais tranquilo pois sabia que apartir dai, as coisas ficariam mais faceis. Mesmo com falta de extrutura pra se clicar, ninguém pra fazer a direção dos modelos, sujeira pra todo lado, e outras coisas mais.
Para o começo de 2012, pretendo assinar outro ensaio pra revista, e já estou montando todo o projeto, e dentro em breve, espero dar detalhes.
Mas lógicamente, tenho que agradecer à Plastika, pois o flyer de 2010 para o halloween foi o que inspirou a revista à me chamar para assinar este ensaio, e lógico que tenho que publicar também este flyer.
Que este ano que se inicia, novos projetos se encaminhem com bons resultados, e que novas experiencias e conhecimentos sobre tecnicas apareçam pra mim, pois a cada dia que desanimo mais com o mundo fotográfico, um novo motivo surge pra continuar na ativa, e que esses motivos nunca se findem.
No ultimo post, falei sobre o Converse My Square, infelizmente não venci, porém quem venceu, foi por merecimento, e foi Renê Junior, com a foto de Emanuel enxaqueca com seu Nose Manual Reverse.
Mas pra mim, o importante foi que aprendi algumas coisas durante a competição, assim como estar preparado pra correria, falta de tempo, chuva pra estragar, sol pra fritar, problemas com equipamento, falta de inspiração, etc.
Mas o que mais valeu foi ver o empenho de todos em conseguir o maximo. Pra mim, as que mais gostei de clicar, foi o NOLIE BS TAILSLIDE de Marco Antonio e o LASER FLIP de Bruno Arruda.
Semana passada a correria foi grande. Rolando o tão esperado Converse MY SQUARE, que desta vez ocorreu em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, reunindo os melhores Skatistas, Video Makers e Fotografos de skate do Brasil.
Estou concorrendo com apenas 3 fotos, ja que a semana teve chuva, torção de atleta que seria da minha parceria (cada skatista só podia escolher 1 fotografo q 1 video maker pra fechar parceria), skates quebrados e alguns outros contratempos. Mas valeu a pena o esforço e as fotos minhas que estão concorrendo são: Bruno Arruda, Marco Antonio e Elton Melonio.
(clique na imagem para melhor visualização)
Peço desculpas aos poucos porém fieis visitantes deste blog. Meus meses de Outubro e Novembro foram de puro estresse e situações controversas. Não ligadas à fotografia, mas que infelizmente me deixaram um pouco fora desse mundo!
Bom, mesmo tendo bastante trabalho nesse periodo, não tenho nada que considere bom o bastante pra postar, então fica um trabalho lá de fevereiro para o Senac, mas que por direitos de imagem, só pude publica-lo em meu portifolio recentemente! o tema era IF THE LOVE IS DEAD
(clique nas imagens para melhor visualização)
Foi bem bacana trabalhar com a extrutura do Senac, e ter dicas de Perroca, professor de fotografia por lá!
O dia foi bem bacana, ainda mais porque algumas fotos deveriam ser feitas de cima de uma escada imensa e um pouco bamba demais pra mim. Ps: alguns conhecem meu pânico de alturas.
Mas tudo valeu muito a pena. No mesmo dia, outro ensaio pra outra turma foi feito, com o tema de KILLER CLOTHES, e será meu próximo post. E espero não demorar tanto pra atualizar outras vezes.
Walking Dead, Zombiland, Resident Evil, I am Legend, etc.
Essa foi a temática para o flyer deste mês da Plastika, e como sempre me diverti muito fotografando, porém, dirigir 2 pessoas no set é complicado, dirigir 5 é um caos, dirigir 15 é praticamente escatológico. Mas como todos estavam empenhados na produção, que definitivamente foi a mais complicada em que já nos envolvemos nos ultimos tempos, o resultado não poderia ser melhor. Superando em alguns aspectos o meu trabalho favorito até hoje, que por coincidencia, também é um flyer de Halloween para a Plastika, e pra quem nao se recorda, é este, Fear of the Fears
Então com direção de Leandro Chiarato; produção de Vanessa Chiarato; Makes de Sabrina Simões, Natalia Cardoso e Camila Cardoso; e um casting de grande elenco. Segue abaixo a imagem final do caos e fica o convite para quem se interessar na festa. Plastika de Halloween, dia 22 na Void Club. (clique na imagem para melhor visualização)
Antes de mais nada, peço desculpas pela minha ausencia, pois estou com diversos projetos em andamento, uns ruins, outros legais. Mas mesmo não tendo tempo pra quase nada, me reservo o direito de as vezes fotografar apenas por diversão.
E assim foi, alias, ja estava devendo à muito tempo, um role fotografico com meu amigo Kleber BT. Então em um dia que era apenas pra fotografar o atleta Renato Sales, pra apresentar material pra sua marca patrocinadora, o joelho do Renato não facilitou nossa vida, ainda mais tendo menos de dois meses de pós operatório. Mas pra garantir o moment do role, Kleber BT mandou um belo Shovit Heel passando toda extensão da spiner ao lado de uma igreja que de já tão tradicional pico de skate, o padre já nos chama pelo nome. (clique na imagem para melhor visualização)
Mais uma vez, a parceria entre Ella Riani e Plastika, rende boa coisa.
Desta vez o tema era Machuka, algo nada mazoquista, mas aberta a sub-entendimentos. A locação não poderia ser melhor, suite do Motel Studio A. E assim fomos, em 6 pessoas invadir a suite, que ja remete sacanagem só pelo seu historico diário. As escolhidas, Mariana Correia como “dominatrix” e Amanda Hamade como “dominada”. Com a sempre perfeita maquiagem de Nathalia Cardoso, assistencia de Júlia Gonçalves e direção de Leandro Chiarato, segue a imagem escolhida pra estampar o flyer. (clique na imagem para melhor visualização)
Fotografar bandas, é praticamente um eufemismo pra invadir locais proibidos. Esse final de semana rolou a sessão da banda Replika, e o local escolhido, foi claro, uma fabrica abandonada.
Não seria nada complicado se não fosse o caso de o local ser lacrado pela justiça, conter seguranças fazendo ronda e cachorros de guarda. Mas até ai, sem problemas, a questão de ser lacrado, a solução foi estourar o vidro de uma das janelas à 3 metros de altura do chão, e usar uma grade pra pular. A outra questão de ter cachorros de guarda, sem problemas, desde que eles virem nossos parceiros. Mas a questão de ter seguranças fazendo ronda, ai complica, já que fomos pegos literalmente no pulo. Exatamente, logo apos passar pela janela, fazer amizade com os cachorros, fomos pegos pelo segurança, que nos fez dar meia volta.
Mas como sempre, isso não é problema. Mesmo do lado de fora da fabrica, conseguimos bons locais pra fazer algumas fotos.
Mas o mais bacana é mesmo a parte de vandalizar, quebrar janelas, fazer buraco em parede pra servir de escada, pular muros, correr de cachorros e depois de tudo, matar 6 litros de coca-cola na padoca do tio China.
Tirando a parte divertida, de resto, muito trabalho pra montar de desmontar equipamento debaixo de um sol de 47 desertos, andar entre plantas chamadas arranha gato, pedir permissão pros “usuarios” que ali habitam e etc. Mas o resultado sempre faz tudo valer a pena. (clique na imagem para melhor visualização)
Acho que este será o post mais dificil que já fiz e que provavelmente farei!
Como muitos sabem e não canso de dizer, uma das poucas ocasiões que ainda me divirto fotografando, é quando estou fazendo as fotos para os flyers da Plastika, assim como foi em I’M RICH! BITCH e FEAR OF THE FEARS. O tema desta vez seria ONLY POSERS, em parceria com a festa mensal ONLY ROCKERS! Porém a ideia seria escolher os representantes mais posers pra comporem o Flyer, e assim foi! Vanessa Castro como Catman, baterista do KISS, Lipas como Sid Vicious do Sex Pistols, Douglas Massa como Flea do Red Hot Chilli Pepers e o elemento X como Lady Gaga. Considero elemento X pois o produtor da Festa e responsável pelo casting do flyer, Leandro Chiarato em nenhum momento me passou o nome de quem seria! Até ai tudo bem, outras ocasiões tivemos que trocar alguem do flyer na hora e correr atras de substituto sem tempo, e mesmo assim rolou. (clique na imagem para melhor visualização)
Mas a grande questão foi, O elemento X simplesmente não aceitou participar, e atravéz de chantagem emocional e pressão psicológica, Leandro Chiarato conseguiu a façanha de convencer este que vos escreve a participar do flyer! Sim, de peruca e tudo, ali estou eu, e no primeiro momento não vi tanto problema em ajudar o amigo e não ter que cancelar a produção do flyer, mas num segundo momento a sensação de vergonha eterna recaiu sobre mim! Mas apesar de toda tortura psicologica, foi muito engraçado a produção da foto, já que Douglas Massa pra conseguir representar Flea e sua mania de ficar pelado em publico, teve que beber um pouco alem do limite, e só isso ja valeu toda diversão.
Então com produção de Leandro Chiarato, make de Natalia Cardoso e Vanessa Castro, assistencia de Carlos Santana e casting formado por Renato Riani, Vanessa Castro, Douglas Massa e Lipas OnlyRockers.
PS: posteriormente farei um post chamado: HOW IS POSSIBLE!, explicarei a façanha de fotografar sendo fotografado, a incrivel arte de gambiarrar qualquer produção.
Na pré-estreia da praça de eventos ao lado da antiga estação Itaquera de Trens, o show não foi de musica, mas sim de tricks.
A praça ja teve todas manobras e todas variações possiveis, já que um gap big three, varias escadas, corrimãos e bordas pra explorar não faltam e claro que o pico não ficaria escondido muito tempo.
Dias atras já tinha ido com Bruno Arruda pra fazer o moment de um heel flip over bar na escada pra Vextor, patrocinadora do atleta, e essa semana voltamos apenas por diversão, mas como diversão pesada é pouca, Bruno mandou logo um LaserFlip passando a Big Three.
E o role estava acompanhado de Guilherme Valério, Mauricio Gouveia, Rafael Panco e Murillo Zapater. Esse que alias, mandou o Crokeed Grind tranquilo na borda do Rio próximo ao pico, e claro, chance pra mais um moment.
(clique na imagem para melhor visualização)
Bom, esta domingo ultimo, aconteceu uma manifestação de fotografos na cidade histórica de Paranapiacaba, promovida por André Américo. Manifestação essa, pelo seguinte motivo; a Prefeitura de Santo André regulamentou uma lei que cobra dos fotografos uma taxa de R$600,00 por dia para que se fotografe a cidade, porém apenas para trabalhos comerciais, publicitários e ou com fins lucrativos, até ai, tudo bem, porque sou à favor desta lei sim, porém na prática, o que se viu, foi o despreparo dos responsáveis pela cobrança desta taxa, pois alguns fotografos foram abordados e questionados sobre o pagamento da mesma, e o caso de não pagamento, a proibição de se fotografar com o risco de ter o equipamento tomado, ou mesmo a midia de memória da camera; mesmo quando a ocasião era apenas de fotografias de cunho pessoal.
Como sou frequentador e apaixonado pela cidade, como ja citado em Inside my closet, Under my bed, fui à cidade alguns dias atras, e lá fui abordado pela guarda civil, que exigiu o cumprimento da lei, e acabei por fazer algumas reclamações na internet, reclamações estas que levou o grupo de fotografos a organizar a manifestação sob a tutela de André Américo, e com a ajuda do Twitter, ficou em 3º lugar nos TT’s de São Paulo.
O dia da manifestação contou com a cobertura da Rede Globo que veiculou uma matéria sobre o caso no Bom dia SP do dia 20/06 e de outras midias de comunicação. E assim parece que a prefeitura da cidade resolveu rever a lei, e preparar seus funcionarios para saber identificar quando uma fotografia esta sendo produzida para uso comercial e quando é para uso privado sem fins lucrativos.
Agora é esperar que a lei seja revista, conforme os representantes da cidade se propuseram, e sair pra fotografar livremente, sem censura ou bloqueio. Quero e DEVO agradecer a todos que organizaram e compareceram no dia, e principalmente, à aqueles que entenderam minha reclamação, acreditaram em minha historia e meteram as caras pra tentar mudar essa situação. André Américo, Lucas Gali, Marcelo Gali entre muitos outros.
(fotos do local durante a manifestação, para mostrar aos responsaveis, que fotografia é arte, e não simplesmente um meio de “arrancar” dinheiro)
Uma das melhores coisas de ser fotografo, é estar sempre trabalhando com novas pessoas, e assim fazendo novas amizades! Algumas semanas atras, fiz o material promocional da banda ARHES21, por intermédio do produtor musical Marcio Meneka.
Ja no dia marcado pras fotos, o responsavel pela locação se fez de besta e não liberou o local, inclusive ameaçando chamar a policia caso resolvessemos fazer assim mesmo, apartir dai ja comecei a achar que desse trabalho, não sairia boa coisa, mas como alegria de palhaço é ver o circo pegar fogo, demos meia volta, pulamos a cerca, e fizemos as fotos literalmente na moita.
O resultado foi bem bacana, ja que o clima de vandalismo invasivo do momento estava ajudando. (clique na imagem para ver em alta resolução)
Apartir dai, ja combinamos de cobrir o show deles num tradicional pico rock’n’roll de São Paulo. Pleno domingão, dia dos namorados, muita cerveja e la estava eu, ressaca da noite anterior e som alto pra ajudar, achei que minha cabeça ia explodir, até que os caras começaram a tocar, e sinceramente, puro rock’n’roll dos bons, que ha tempos eu não ouvia. Conseguiram salvar um domingão vazio e se tornaram amigos, e apartir daqui, posso me considerar do staff da banda, porque ouvir som bom, encontrar cerveja gelada, se divertrir e dar risadas, é comigo mesmo.
PS: O nome Bring Sally Up pro post, é resultado de voltar do show ouvindo “Flower” do Moby no talo.
Noise, uma das coisas mais irritantes da fotografia digital, pelo menos pra grande maioria dos fotografos, tanto que hoje os maiores avanços da tecnologia em sensores, é justamente para diminuir esse “problema”.
Ja pra mim, vejo até um certo charme no noise (também conhecido como ruido), em determinados momentos é claro e concordo que nunca irá se comparar com a granulação de um filme PB. Mas as vezes vale a pena subir o ISO pra dar uma destacada no ruido, assim como as imagens postadas aqui. (Clique na imagem para melhor visualização)
A escolha acabou recaindo em ISO 25.600, para que o efeito fosse bem perceptivel.
Curso fotografico, 100% prático, e apostilado claro.
interessados entrar em contato, e todos verão que fotografia é realmente tão simples quanto parece. Aulas aos sabados, com turma ja para o inicio de Junho.
Plastika, o primeiro local onde recebi um cache como fotografo, só por esse motivo ja existe a consideração, mas além disso, a festa é feita por amigos importantes, e sempre me ponho a disposição para fazer a foto que será usada no flyer, assim como em: I’M RICH, BITCH, FEAR OF THE FEARS, e outras mais.
E o tema da próxima será novamente Arraiá da Plastika, uma quermece pra lá de Caliente, e a ideia central seria nossa amiga Sheila Padovani montada sobre um Touro Mecânico, e ninguem melhor pra representar o touro com conhecimentos de mecânica, que nosso amigo Lilo Marques.
Com produção de Leandro e Vanessa Chiarato, assistencia de Carlos Santana e make de Sabrina Simões, temos abaixo a imagem selecionada para o flyer.
Bom, todo mundo um dia acaba sucumbindo, e eu que sempre me neguei à fotografar casamentos, não por ser contra, mas simplesmente por não saber os momentos certos, todo o protocolo, por ser um trabalho de extrema responsabilidade, pois errou, não tem como repetir e etc. Terei que aprender tudo isso, pois o casamento é dos amigos Gi e Rafa, e sendo assim, não existe a opção de negar.
E essa foi minha primeira vez fotografando para o pré-convite de casamento, mais conhecido como Save the Date, e apesar de todos os contratempos, as fotos foram muito legais de fazer, pois piadas com o amigo que está se enforcando não faltaram.
Com muito orgulho, algum tempo atras, fui convidado pela revista OE – OutroEstilo para assinar um editorial chamado “Pra Parede“.
Contato feito por Alexandre Viana, fotografo consagrado, grande idealizador e apoiador de novos projetos graficos e fotograficos.
A ideia surgiu após uma visita dos editores da revista à este blog, que logo se interessaram pelas fotos do post Fear of the Fears, onde a imagem com a modelo no teto inspirou os mesmos a produzirem um ensaio com o tema.
(clique na fotografia para melhor visualização)
Depois de muita correria para a produção, o mais complicado se tornou a locação, que acabou por ser definida apenas 1 dia antes da data para as fotos, que alias, já estava no limite, pois a edição da revista seria fechada apenas 1 ou 2 dias após as fotos serem feitas, entao com toda essa pressão, as fotos acabaram rolando tranquilamente, e a edição que seria a 
parte complicada da historia, acabou sendo feita em apenas uma noite à frente do PC.
E o resultado surpreendeu a todos, atingindo as expectativas desejadas.
Então, com assistencia fotografica de Thiago Pomps, produção de Luiza Salati Manfrinato e David Toledo e os modelos Marcela bannitz, Debora Sperl, Valdir Grillo e André Trovatti, todas as fotos do ensaio podem ser conferidas na 5º edição da revista OE – OutroEstilo, que conta ainda com uma entrevista exclusiva do coletivo Choque Cultural, entrevista com o casal Erika Martins (Penelope) e Gabriel Thomaz (Altoramas) e o ensaio Outono Folk-Grunge de Hanne Sagstuen.
O estudio Ella Riani fecha parceria com o fotografo Bruno Dias.
E assim, surge o Vintage Studio, onde entrará de cabeça no mercado de fotografia corporativa, juntamente com os produtos convencionais do ramo de fotografia, como: Moda, Still, institucional e social. Além de oferecer cursos fotograficos com estudio e saidas à campo, e suporte a agências fotograficas através dos serviços de tratamento fotografico de books e editoriais.
Sendo assim, que seja apresentada a agencia fotografica Vintage Studio. (em breve em http://www.vintagestudio.com.br)
Pra começar, justifico minha ausencia do blog. Não tenho postado muito trabalho pois como sempre digo, aqui posto mais coisas pessoais, trabalhos por diversão e etc. Coisas mais sérias como trabalhos pra revistas ou etc, não podem ser postados em blog pessoal antes de um certo tempo após o lançamento da edição grafica, e esse tempo varia de 40 à 90 dias após o lançamento, então imagens para postar, tenho, mas autorização pra postar, não.
Mudando de assunto, Me lembro de minha primeira lente clara, uma pré-histórica Sigma 28-70 f2.8, basicamente a primeira clara de todo fotografo falido, e com o tempo minha obsessão por lentes claras foi só crescendo. E hoje posso dizer feliz que minha lente mais escura é uma f2.8, e não a mesma Sigma.
Lentes claras servem quase que na sua totalidade pra dois propósitos. Para fotografos que trabalhem em ambientes de pouca luz ou fotografos que queiram usar e abusar de um DOF curto. Que ja dei uma explicada básica em outro post.
Nestas fotos, usei uma Nikkor 55mm f1.2 Ai-s em wide open. Alias, uma das vantagens de utilizar Nikon, é poder usar lentes antigas e que não são fabricadas mais, como essa 55mm por exemplo, que esta em perfeitas condições apesar de seu numero de série indicar que tenha sido fabricada entre 1974 e 1975. Vantagem alias, que pode alimentar outra paixão, a por lente mecânicas de foco manual. (foto abaixo feito com tubo extensor para efeito macro)
Quando comecei a fotografar, lá no inicio de 2005, não me interessava em cursos ou maneiras de aperfeiçoar tecnicas, sempre fui de buscar no meu egoismo, a minha linguagem e identidade fotografica, e ainda hoje sou criticado quando assumo a postura contra cursos de fotografia.
Comparo cursos de fotografia com auto-escolas, prometem que voce sairá dirigindo como Ayrton Senna, mas te ensinam no maximo a ligar e engatar segunda, nada mais.
Porém algo que sempre me chamou a atenção foi makes, tanto que acabei não resistindo e fiz um workshop de make para estudio, ja citado em Luminizer, e depois sempre que trabalhava com Sabrina Simões, ficava dando palpites e vendo atentamente as técnicas que ela utilizava. Não que fosse assumir o trabalho, mas sempre achei importante conhecer pra passar a ideia com mais clareza pra maqueadora. E hoje, namorado de Giovanna Cavallari, formada pelo Senac, acabo sendo cobaia de alguns testes, que por motivos óbvios não vou postar as fotos aqui. Ou seja, maqueagem sempre esta comigo. Embalado pelo recente ensaio de makes feito pelo amigo B.Dias juntamente com Sabrina Simões, Mary Ricci e Bruna Dias, venho postar dois makes clicados no ultimo Fashion Mob.
Como homem que sou, meu maior desejo é ser Pai, e essa questão esta para planos num futuro proximo, e até nomes já estao sendo definidos. Mas infelizmente ainda hoje ouço pessoas abolindo a ideia de serem pais pois “destroi” o corpo. É o cumulo do egoismo, abrir mão da unica função do ser humano na terra, pelo nercisismo de querer estar sempre belas.
Mas ainda bem que casos à parte acontecem, e algumas pessoas, passam pela maternidade mantendo o corpo em dia, apenas se cuidando da forma correta (dicas anotadas e que serão póstas em prática quando for à “minha” vez)
Um caso desses é Luana Lima, que tanto já posou pra mim, seja para books, fotos de casamento, gravida, etc. E que agora precisava renovar as fotos para trabalhos, e mostra que sim, cuidando corretamente, ninguem diz que passou por uma gravidez de barriga enorme, stress, problemas e etc. E que hoje, voltando à ativa de modelar, ainda tem o orgulho de carregar a filha Paola de 1 ano à tira-colo.
Alias, ensaio duplo de Luana Lima e sua irmã Janaina Weiber serão postados aos poucos e constantemente.
Lembro do meu primeiro dia em Divinópolis – MG, um spot bem jogado e dificil, mas que infelizmente era a area de vazão de uma represa, então o tão sonhado Banks não passava de uma corredeira traiçoeira. Até que um dia, com o nivel baixo das aguas, a area de vazão secou, mostrando sua face, esburacada, dura e encardida, mas convidando pra algum moment. E assim foi, Jorge Negretti, de cima da mureta, encurralado entre uma queda de 4mts e um canal forte e rápido de 2 mts de profundidade, pouca chance de acerto, mas foi suficiente pra um Flip into Banks embicado entre o chão ruim, e a saida de pura pedra alisada por anos de fortes correntezas
(clique na imagem para visualização em alta resolução)
Sorte de estar um belo dia para o moment, azar de não saber quando teremos outra chance de vencer a vazão e aproveitar o parque de diversões.
(Resultado final, 1 moment e 1 pescaria do skate que a correnteza levou)
E lá se foi mais uma viagem por MG pra descobrir novos spots, e como sempre, a parada foi em Divinopolis, quintal de casa do Pro Jorge Negretti, que mais uma vez deu o sangue na sessão pra conseguir novos moments e sequencias.
Porém o que me chamou a atenção na cidade foi o numero de bons picos pra se explorar, mesmo tendo sido apenas um dia depois de ouvir de um Skater local, que a cidade não oferece infra-estrutura pro desenvolvimento do esporte, já que a cidade conta apenas com uma pista, e de projeto meio falho na disposição das peças.
Sinceramente, tem sido meio frustrante ver como novos atletas ficam apegados apenas às pistas ou locais próprios para o skate, deixando de se jogar em ruas, dar novos sentidos à corrimãos, escadas, bordas e gaps que nunca sonharam serem explorados por caras sem limites de medo e diversão.
Com isso em mente, demos um role pelos varios spots até chegar ao antigo Teatro da cidade, local com ao menos 4 diferentes pontos à se explorar, e assim foi, Jorge Negretti mandando grinds de um lado e Bruno Arruda voltando “cas4″ este Frontside Bigspin na escada centenaria de outro.
(clique na imagem para visualização em alta resolução)
Seguindo as palavras de Craig Stecyk,
“Skaters by their very nature are urban guerillas: they make everyday use of the useless artifacts of the technological burden, and employ the handiwork of the government/corporate structure in a thousand ways that the original architects could never dream of.“
Não precisamos dizer mais nada sobre onde é o lugar que os eixos e a alma se encontram.
Bom, como já é sabido de todos, o cara que mais colabora com meu gosto particular de fotografar skate, é o atleta Bruno Arruda.
Sempre disposto na sessão, não desiste enquanto o moment ou sequencia não ficam perfeitos. 
E este moment é um bom retrato do esforço, litros de suor derramado e mais de 100 tentativas pra foto conseguir expressar bem a manobra executada (pois fotografar skate tem esta complicação, a variação de uma manobra para outra é tão sutil que apenas detalhes determinam essas diferenças). E assim foi, tentativa após tentativa, pra conseguir um belo Frontside hellflip passando os degraus, vindo de um declive, que não colaborava na hora do Pop, e voltando entre poças d’agua. E como nem sempre o melhor sai perfeito, este melhor moment calhou de ser justamente o que um dos flashs de preenchimento falhou, nao iluminando as costas do atleta, mas a falta da melhor luz foi compensada pela melhor volta.
(clique na imagem para visualização em resolução maior)
Segundo moment, registrado ainda em nossa viagem por picos de Minas Gerais na companhia do local Jorge Negretti. Para desespero dos meninos que esperavam pacientemente com uma bola embaixo do braço pra fazer o uso real da trave do gol, que naquele momento estava servindo para outro proposito.
Debaixo de um sol de todos os graus possiveis, a insistencia foi gratificada por um belo Backside Rockslide Reverse subindo.
E assim continuo fazendo disto, minha diversão, e de Bruno Arruda, meu amigo e maior colaborador pra minha evolução fotografica.
É, minha mentalidade mudou de tempos pra cá, me lembro no começo do meu blog, recebia pesadas criticas sobre minha forma de tratar novos fotografos. Com o tempo fui aprendendo a respeitar cada iniciante, por mais que a falta de profissionalismo as vezes seja gritante, mas ultimamente a forma como generalizam a fotografia tem me deixado extremamente desanimado.
Meu caso é: -Não sei fotografar social, casamentos, aniversário e reuniões aleatórias pra comemorar qualquer motivo.
Porém não saber este lado da fotografia, não me faz menos fotografo, nunca vi obrigação em saber todos segmentos, mas sim saber tudo sobre o segmento que trabalha.
Em uma analogia basica, fotografia é como medicina. Temos desde cirugiões cardiacos à pediatras, todos são médicos, mas cada um no seu quadrado. Um não saber fazer o do outro, não o faz menor.
Minha ultima aventura entre discussões com egos inflados de arrogantes “profissionais”, foi sobre nú artistico. Pelo que eu me lembro, só postei uma vez algo sobre o tema aqui neste blog, mas não por falta de material, e sim por tentar preservar a imagem de quem posa. Mas a grande questão foi, que ao debater com uma fotografa, que mulheres fotografas se dão melhor nessa area pois outras mulheres se abrem mais facilmente sem ter um homem por perto, e minha discordancia foi, que não tem relação o genero de quem esta fotografando, mas sim o profissionalismo empregado. E apartir disto, a discussão partiu pro lado, “não de sua opnião porque voce não sabe fotografar nu, nunca vi trabalhos seus”. 
(claro que não generalizo, fui contra apenas a opnião desta pessoa em especial, pois particularmente, ultimamente tenho me encantado com certos trabalhos, e em sua maioria, produzido por fotografas).
RENATO RIANI 